23/01/2015
Protesto
CFM envia ofício à UFRGS para protestar contra ataque à Medicina por docente da Universidade
O Conselho Federal de Medicina expediu ofício – que serve como notificação extrajudicial - à Universidade Federal do Rio Grande do Sul para protestar contra declarações proferidas por uma professora da UFRGS em entrevista a uma publicação em novembro de 2014. Na entrevista, a professora afirma, respondendo sobre as cotas e ações afirmativas nas universidades públicas, que o “foco de maior resistência a qualquer abertura, a qualquer iniciativa mais democrática é a Faculdade de Medicina e isso tem reflexo também nas entidades de classe, como Simers e Cremers”.
Em sua resposta, ela destaca ainda: “Ou seja, a classe médica é a mais perversa das classes profissionais atualmente no Brasil. Aliás, a classe médica brasileira é uma vergonha para o país lá fora. É motivo internacional de vergonha. Ela perdeu qualquer sentido moral ou ético. É atualmente uma coisa que temos, como acadêmicos, um sentimento de profundo constrangimento”.
Em seu ofício encaminhado ao reitor da UFRGS, o presidente do CFM, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, enfatiza:
“Nesse contexto, o CFM repudia de forma veemente qualquer tentativa de desmoralizar a Classe Médica no Brasil e não concorda com o teor das declarações prestadas pela senhora entrevistada, no exercício do cargo de professora, salvo melhor juízo. Desse modo, serve a presente como NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL, para que V. Sa. adote as providências cabíveis, notadamente porque houve suposto excesso no direito de manifestação do pensamento”.