Valorizar o médico é valorizar o ser humano
A profissão médica é percebida pelas pessoas sob um manto de saber, poder e fascínio.
Afinal, é uma profissão singular. Ao longo da história, a medicina construiu sólido conhecimento científico, incorporou inovações tecnológicas e desenvolveu técnicas e instrumentos sofisticados.
O médico detém a árdua e sublime tarefa de cuidar do bem maior de um indivíduo – a vida.
Em meio a consultas, plantões, diagnósticos, procedimentos e cirurgias, é capaz de estabelecer uma relação de confiança, sigilo e credibilidade com o paciente.
A medicina é um misto de arte e ciência. De dor e de amor. São conceitos que permeiam o exercício profissional desde a escolha da profissão.
Quem decide ser médico sabe que perderá horas de sono e de convívio com os amigos e a família. Que o estudo e o aperfeiçoamento serão sempre exigidos. Que os desafios serão constantes. Que enfrentará situações de angústia, de medo e até de perda da fé.
Mas quem decide ser médico também sabe que viverá momentos de pura alegria e satisfação. A possibilidade da cura, de amenizar a dor, de recuperar uma habilidade perdida. De transformar e salvar vidas.
O médico deve curar quando possível; cuidar, sempre. Muitas vezes, a dedicação, a atenção, o respeito e o saber ouvir já são importantes passos no caminho para a cura.
Por isso, nada substitui uma verdadeira relação entre médico e paciente. O olho no olho. O estar junto e ao lado, tanto nos momentos de inquietação como nos de tranquilidade.
A profissão exige dedicação de corpo e alma. Talvez a medicina não tenha todo o glamour que as pessoas imaginam. A realidade é dura, mas recompensadora.
Por isso, valorizar a formação e o exercício profissional médico é valorizar o ser humano. É valorizar o paciente, o colega de equipe e o próprio médico.
O médico tem amor pelo que faz, dedica-se incondicionalmente, nunca desiste e luta pela vida.
Dr. Eduardo Neubarth Trindade
Presidente do Cremers |